Após oito rodadas de saltos de Precisão individual, oito rodadas de Precisão em equipe, cinco rodadas na modalidade Estilo e mais oito de Formação em Queda Livre (FQL), foram definidos, nesta quinta-feira (25), os vencedores do 27º Campeonato Brasileiro de Paraquedismo das Forças Armadas. O time Falcões, da Força Aérea Brasileira (FAB), foi o grande campeão e vai representar o Brasil no campeonato mundial, em julho, na Alemanha.
O Major Infantaria Michel Marconi Ramos começou a saltar em 2005 e, no mesmo ano, passou a fazer parte do Time Falcões. Já participou de quatro campeonatos mundiais militares e tem uma boa expectativa para a competição em julho. "Queremos ficar entre os sete primeiros lugares. Estes integrantes estão juntos desde 2008 e investimos muito em um período de treinamento ousado, bastante cansativo, mas que valeu a pena. No último treinamento que fizemos, aqui mesmo em Boituva, ficamos confiantes de que estávamos bem preparados", contou o Major.
O time feminino da Força Aérea já começou o campeonato classificado para o mundial, mas manteve o espírito competitivo em busca dos melhores resultados. "Montamos um time estratégico, um conjunto excelente, e treinamos muito para chegar nesse resultado", ressaltou a Sargento Cássia Bahiense Neves, da FAB.
A Sargento do Exército Juliana Rodrigues de Souza une-se às paraquedistas da FAB e completa o time brasileiro para o mundial. Ela disputou a vaga durante o campeonato brasileiro com outra atleta do EB.
Juliana já participou de campeonatos mundiais e conhece o ambiente que a espera. "Não existe clima de rivalidade. Esperamos que o campeonato seja uma boa oportunidade de troca de experiências e de aprendizado com outras equipes. Todos os times têm boa vontade para ensinar e aprender", explicou a atleta que será a primeira mulher militar brasileira a competir na modalidade Estilo em um mundial.
Encerramento
A premiação e o encerramento do campeonato foram realizados na sexta-feira (26) com presença de autoridades da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. Em solenidade militar, os atletas receberam medalhas e troféus.
Arbitragem
Para avaliar todos os saltos e definir os vencedores, 10 árbitros participaram do campeonato. O mais experiente tem cerca de 40 anos de arbitragem e o que está a menos tempo na função conta com cinco anos de experiência.
Esta diferença, segundo o diretor do evento, Coronel do Exército José Roberto de Melo Queiroz, é fundamental para haver a continuidade e a passagem de conhecimento na arbitragem das Forças Armadas.
“Nós costumamos chegar dois ou três dias antes dos campeonatos, justamente para nivelar os conhecimentos de regulamentos e avaliação. Isso já promove a troca de experiências”, explica o Coronel.
Cada modalidade tem peculiaridades na avaliação e contagem dos pontos. Nas provas de Formação em Queda Livre e Estilo, os atletas formam figuras e fazem movimentos pré-determinados em um tempo limite. Um cinegrafista acompanha tudo e só depois as imagens são avaliadas pelos árbitros para gerar a pontuação.
Nas provas de Precisão, os paraquedistas precisam acertar um alvo de dois centímetros de diâmetro em um colchão para ter a pontuação mínima, que ao contrário de outros esportes, é o objetivo dos atletas. Nesse caso, os juízes contam com sensores que marcam o raio em que o atleta pisou e determinam a pontuação.
Ainda segundo o Coronel Queiroz, o campeonato brasileiro tem vários objetivos. “Ele valoriza o esforço e dedicação de cada Comissão Desportiva; é a oportunidade de disputa saudável para selecionar os melhores representantes do País; e é também a chance de descobrir novos talentos esportivos”, destacou.
Publicado em: 01/06/2017
Fonte: Agência Força Aérea - Fotos: Sgt Batista