A Força Aérea Brasileira (FAB) participou, na última quarta-feira (18/10), da palestra "O Programa Espacial Brasileiro e os caminhos críticos para o seu sucesso", realizada na sede da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em Brasília (DF). O palestrante foi o Diretor-Geral do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos Augusto Amaral Oliveira, que falou sobre a importância do tema no futuro do Brasil.
“O que buscamos transmitir foi apresentar o Programa Espacial como um todo: caminhos críticos, problemas enfrentados para atingirmos todos os objetivos desde o início do Programa, em 1961, e os caminhos que entendemos que temos de seguir para resolver esses óbices. O que é interessante é que esses problemas não são apenas tecnológicos - embora também sejam. Em termos de tecnologia, é sempre uma questão de aplicar recursos para que eles sejam superados. O maior problema que nós temos hoje - o que deixamos muito claro para essa plateia, que são formadores de opinião - é uma questão de gestão descentralizada. A ideia é corrigir esta falha e sanar os demais problemas em busca de nossos objetivos”, explicou o Tenente-Brigadeiro Amaral.
À frente do DCTA desde janeiro deste ano, o Tenente-Brigadeiro Amaral acumula aproximadamente 3 mil horas de voo e já ocupou cargos como o de presidente da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC); comandante da Academia da Força Aérea (AFA); e vice-diretor do Departamento de Ensino da Aeronáutica. Durante o evento, ele abordou os principais fatos históricos do Brasil no âmbito aeroespacial, desde os primeiros passos, na década de 1960, até os dias atuais. Além disso, os principais desafios da área e possíveis soluções a serem implantadas no futuro também foram tema de debate.
O estudante de engenharia aeroespacial da Universidade de Brasília (UnB), Daniel Sampaio Santos Moreira, esteve presente na palestra e elogiou o conteúdo abordado. “Foi muito amplo, abarcou tanto a questão não técnica, as questões da governança, do que foi aprendido com todos os anos de gestão do governo, como a parte técnica: alguns desafios tecnológicos que nós, como estudantes, devemos desenvolver nos próximos anos para embarcar na indústria aeroespacial”, afirmou.
Pela Estratégia Nacional de Defesa, a Força Aérea Brasileira é responsável por capitanear, no âmbito do Ministério da Defesa, ações e projetos para o desenvolvimento da área espacial no País. O diretor da FGV Management dos núcleos Brasília, Rio e São Paulo, Paulo Mattos de Lemos, comentou a importância da interação da FAB com a comunidade civil.
“Esse ciclo de palestras é muito importante porque ela traz muita informação que é necessário ser divulgado. Hoje nós tivemos uma informação muito grande sobre o programa espacial brasileiro, coisa que nós não conhecemos. É muito importante para a gente perceber a competência com que isso está sendo tratado, e isso nos dá um alento de crescimento no Brasil”, disse o diretor.