Nesta terça-feira, 09, o Sistema de Inovação da Aeronáutica (SINAER) comemora seus três anos de existência. O SINAER tem, como órgão central, o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e a finalidade gerenciar as atividades relacionadas a Gestão da Inovação Tecnológica no âmbito do Comando da Aeronáutica (COMAER), a fim de criar um ambiente de convenções e normas que auxiliem a condução de pesquisa e desenvolvimento.
O Sistema conta com 14 ICT (Instituição Científica, Tecnológica e de Inovação), dentre as quais fazem parte cinco Grande Comandos que, sob a coordenação do DCTA, atuam na área de pesquisa cientifica e tecnológica no âmbito da Força Aérea Brasileira (FAB).
Dentre as atribuições macro do SINAER, o DCTA ocupa posição de destaque na execução de diversas atividades, como a prospecção tecnológica, tendo como finalidade o fornecimento de informação gerencial, por meio da coleta, compilação e consolidação de dados, ou ainda, monitoramento de informações disponíveis sobre determinada tecnologia ou demanda, que possibilitará aos interessados suporte ao planejamento e decisões estratégicas nas áreas de ciência, tecnologia e inovação (C,T&I).
O DCTA junto às ICT tem realizado a coordenação das ações referente a inovação e buscado potencializar a área de pesquisa e desenvolvimento. Para o Diretor-Geral do DCTA, Major-Brigadeiro do Ar Hudson Costa Potiguara “O SINAER, tem produzido grandes avanços tecnológicos capazes de serem utilizados de forma dual (civil e militar) e que colaboram para que a FAB e a Base Industrial de Defesa possam diminuir a dependência nacional por conhecimento externo e dar suporte à consolidação do país como potência emergente no cenário internacional”, ressalta o Oficial General.
O desafio do Sistema é fazer com que as tecnologias desenvolvidas se tornem objeto de licenciamento e transferência de tecnologia para a indústria. Assim, cabe ao DCTA, por meio do Núcleo de Gestão da Inovação (NGI), coordenar as atividades de gestão da inovação relacionadas a prospecção tecnológica, portfólios de inovação, gestão do conhecimento, gestão da propriedade intelectual e transferência de tecnologias.
O processo de proteção da Propriedade Intelectual se dá pela concessão de patentes, de registro de programa de computador, marcas entre outras. Atualmente, o DCTA vem realizando a gestão de 23 pedidos de depósito de patentes e outras 32 concessões que estão em vigor.
No ano de 2019, por exemplo, o projeto do “Dispositivo de Identificação Portátil de Prevenção de Retenção de Objetos Cirúrgicos com Marcadores Magnéticos” foi patenteado, sendo um dos cientistas responsáveis o Major-Brigadeiro Médico José Elias Matieli. O equipamento tem como objetivo prevenir complicações cirúrgicas decorrentes de erro médico relacionado ao esquecimento de material cirúrgico no corpo de pacientes, podendo ser operacionalizado em qualquer espaço hospitalar, sem a necessidade de obras ou aquisição de outros equipamentos.
Uma atribuição de relevância e desafio ao DCTA é ofertar tecnologias desenvolvidas pelas ICT, a fim de despertar o interesse da indústria e realizar a transferência dessas tecnologias. Este ano, um grande marco foi a assinatura do acordo de transferência tecnológica do Foguete Suborbital VSB-30, que permite à empresa Avibras industrializar e comercializar o produto.
O DCTA, cumprindo determinação normativa do Ministério da Defesa (MD) e dispositivos legais, através do NGI vem realizando esforços para elaborar a Política de Inovação Tecnológica da Aeronáutica, que visa direcionar as atividades de inovação no âmbito da FAB. “A proposta, se aprovada, terá por propósito fundamental de contribuir decisivamente para a transformação do atual cenário institucional de inovação na Aeronáutica, de modo que as tecnologias desenvolvidas ou adquiridas possam ser tratadas adequadamente antes mesmo de se tornarem potenciais inovações”, afirma o Coronel Aviador Cesar Augusto Laboissiere, chefe do NGI do DCTA.
Fonte: DCTA, por Tenente Larissa
Fotos: Suboficial Daniel e Sargentos Petherson e Frutuoso