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O Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e primeiro astronauta brasileiro, Marcos César Pontes, visitou nesta terça-feira, 3 de setembro, as instalações do Centro Espacial do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), o qual atua na capacitação de recursos humanos e na pesquisa e desenvolvimento do setor espacial brasileiro no âmbito do Ministério da Defesa.

O Ministro foi recebido pelo Diretor-Geral do DCTA, Major-Brigadeiro do Ar Hudson Costa Potiguara, acompanhado pelo reitor do ITA, Professor Doutor Anderson Ribeiro Correia. Além das referidas autoridades, estiveram presentes na visita o Vice-Diretor do DCTA, Major-Brigadeiro do Ar Ricardo José Freire de Campos, o Diretor do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), Brigadeiro Engenheiro César Demétrio Santos, o Presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Coronel Engenheiro Carlos Augusto Teixeira de Moura, o Diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Coronel Aviador Darcton Policarpo Damião, o Secretário de Tecnologias Aplicadas do MCTI, Brigadeiro Engenheiro Maurício Pazini Brandão, o Assessor Especial do Diretor-Geral do DCTA, Brigadeiro do Ar Alex Picchi Izmailov, e o Chefe do Subdepartamento Técnico do DCTA, Brigadeiro Engenheiro Augusto Luiz de Castro Otero,

 

 

Inaugurado em 28 de janeiro do corrente ano, o Centro Espacial do ITA (CEI) tem trabalhado em consonância com a National Aeronautics and Space Administration (NASA) e o Instituto de Tecnologia de Israel (Technion) e auxiliado a Comissão de Coordenação e Implantação de Sistemas Espaciais (CCISE) na definição e implantação de sistemas espaciais voltados à defesa nacional, incluindo seus elementos orbitais e a respectiva estrutura de apoio.

Exemplos profícuos das parcerias firmadas são o desenvolvimento dos projetos SPORT e ITASAT 2. O primeiro nasceu de uma colaboração entre o ITA, o Marshall Space Flight Center (MSFC) – que é a sede original da agência espacial norte-americana -, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e as universidades de Utah e do Texas, com a finalidade de desenvolver um nanossatélite capaz de realizar pesquisas sobre o clima espacial. O segundo decorre do projeto anterior, tendo por objetivo realizar investigações científicas e tecnológicas na ionosfera (camada da atmosfera terrestre que possui um abundante processo de ionização, gerando grandes concentrações de elétrons livres), a qual exerce influência sobre sistemas eletrônicos utilizados em grande escala pela sociedade, como no caso do Global Positioning System (GPS).

Outro projeto de sucesso da universidade é o primeiro ITASAT. Lançado no dia 3 de dezembro de 2018 em um foguete Falcon 9, da empresa SpaceX, diretamente da Base Aérea de Vanderberg, na Califórnia (EUA), o equipamento foi o primeiro modelo a levar a bordo um software de controle de atitude desenvolvido integralmente no Brasil. O ITASAT permanece em órbita e atuante, enviando sinais para os laboratórios do ITA com grande qualidade. Além disso, o ITA faz parte, ainda, da Missão Garatéa-L, que pretende instalar um nanossatélite brasileiro na órbita da Lua até 2022.

 

 

“É sempre bom retornar ao DCTA e ao ITA, sobretudo ao ver essa estrutura nova do CEI. Importante salientar que os valores despendidos para o desenvolvimento da ciência e da educação em nosso país não são gastos, mas investimentos. Instituições como o ITA trazem um retorno muito maior do que aquele investido, tanto no aspecto econômico quanto no social. Muitos alunos entram no ITA, oriundos de famílias em uma posição social mais baixa, e transformam a realidade de seus familiares e de sua comunidade”, revelou o Ministro Marcos Pontes.

Após a visita aos laboratórios do CEI, o Ministro assistiu a uma apresentação institucional do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), organização subordinada ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) que tem como missão desenvolver soluções científico-tecnológicas para fortalecer o Poder Aeroespacial Brasileiro, por meio da pesquisa, desenvolvimento, inovação, gestão, operações de lançamento e serviços tecnológicos em sistemas e projetos aeronáuticos, de acesso ao espaço e de defesa.

O objetivo foi a visualização das atividades do IAE voltadas ao espaço, como no caso do Veículo Lançador de Microssatélites (VLM-1), projeto desenvolvido em cooperação com a Deutsches Zentrum für Luft- und Raumfahrt (DLR) – que é o Centro Aeroespacial Alemão - para atender as exigências do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE). Em seguida, o Diretor do Instituto de Estudos Avançados (IEAv), Coronel Engenheiro Fábio Andrade de Almeida, realizou uma apresentação sobre o Programa Propulsão Hipersônica 14-X (PropHiper), que visa ao desenvolvimento de um motor hipersônico movido a hidrogênio gasoso, que deverá ser capaz de atingir a velocidade de Mach 7 (cerca de 8.400 quilômetros por hora) na estratosfera.

 

 

No intuito de fortalecer o Programa Espacial Brasileiro e garantir o posicionamento do Brasil na vanguarda do setor, o Ministério da Defesa e o MCTI têm envidado esforços no desenvolvimento e fortalecimento das instituições de ciência e tecnologia aeroespacial do País. “Este é um dos assuntos prioritários do MCTI. Trata-se de uma diretriz do governo Bolsonaro estabelecermos um tipo de trabalho que envolva a todos os setores. Isso envolve desde a Academia, passando pela Indústria e por instituições ligadas tanto ao MCTI quanto à Defesa”, destacou o Ministro.

Para o Diretor-Geral do DCTA, Major-Brigadeiro do Ar Potiguara, “há interesse estratégico em desenvolvermos em conjunto soluções aeroespaciais autóctones, que poderão ajudar no desenvolvimento das comunicações, na observação do território, na meteorologia e na geolocalização. O trabalho sinérgico entre as instituições componentes do Programa Espacial Brasileiro é fundamental”.

 

 

Para o Presidente da AEB, Carlos Moura, o Brasil “necessita de um Programa Espacial à altura das demandas da sociedade, em áreas como segurança, saúde, educação e inclusão digital. Todos os países ou blocos com extensão territorial, população e economia expressivas possuem um programa espacial forte, como é o caso dos Estados Unidos da América (EUA), da Rússia, da China, da Índia e da União Europeia (UE)”.

Fator expressivo do esforço despendido pelas instituições partícipes do programa espacial brasileiro foi a assinatura do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST), que entrou em vigor no dia 16 de dezembro de 2019. Proposta pelo Poder Executivo e aprovada pelo Congresso Nacional, prevê o compromisso mútuo de respeito à propriedade intelectual, no qual o Estado brasileiro permanece responsável pelas atividades de lançamento. Importante destacar, ainda, que o AST não se trata de um acordo comercial, tampouco de transferência de tecnologia ou cessão do controle do Centro Espacial de Alcântara (CEA).

O sucesso do acordo tem o potencial de atrair usuários governamentais e privados, desencadeando investimentos em Alcântara e região, o que trará benefícios à população daquela localidade. “Temos um plano integrado de desenvolvimento para a cidade de Alcântara. A execução de tal plano envolverá a atuação de muitos ministérios e do Congresso Nacional”, ressaltou Marcos Pontes.

 

 

Publicada em 3 de setembro de 2020

Fonte: DCTA, por Sargento Anderson

Fotos: DCTA, por Sargento Roberto

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