No período de 18 a 27 de março de 2024, a Força Aérea Brasileira (FAB) realizou a Operação Iris 2024, um importante passo em proveito do Projeto Link-BR2, datalink militar brasileiro que visa permitir a troca segura de informações em tempo real, elevando as capacidades de Comando e Controle.
Esta atividade encontra-se prevista no Plano de Operações do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e se trata de iniciativa crucial para o desenvolvimento e certificação do Rádio Terminal Data Link (RTDL) e sua integração à aeronave F-5M.
A operação contou com a participação de várias Organizações Militares da Força Aérea, como a Base Aérea de Canoas (BACO), hóspede da Operação e coordenadora logística, o Esquadrão Pampa (1°/14° GAv), cedente da aeronave e Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo (IPEV), responsável pela verificação em voo das capacidades do sistema desenvolvido pela empresa AEL Sistemas. Também acompanharam a Operação os representantes da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC), Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico (DIRMAB) e Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI).
Estiveram presentes nos Ensaios o Diretor-Geral do DCTA, Tenente-Brigadeiro do Ar Maurício Augusto Silveira de Medeiros, o presidente da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC), Major-Brigadeiro do Ar Mauro Bellintani e o Comandante do Quinto Comando Aéreo Regional (V COMAR), Major-Brigadeiro do Ar Vincent Dang.
Durante sua passagem pela operação, o Tenente-Brigadeiro Medeiros ressaltou sobre a importância da tecnologia para o Poder Aeroespacial Brasileiro: “A Força Aérea e a AEL construíram, ao longo de 40 anos, uma parceria no desenvolvimento de projetos estratégicos. Os testes que foram realizados durante a Operação Íris atestaram o alto nível tecnológico e operacional do Link-BR2”, destacou o Diretor-Geral.
A primeira fase da Operação Iris 2024 teve foco em ensaios de desenvolvimento complementares com duas aeronaves F-5M já integradas ao sistema Link-BR2, o que permitiu o aprimoramento necessário identificado em ensaios anteriores. “A implementação do Link-BR2 envolve um conjunto complexo de engenharia e desenvolvimento tecnológico, contando com mais de 50 especialistas em diversas áreas. O sistema fortalece a interoperabilidade entre diferentes plataformas aéreas e terrestres, aumentando a consciência situacional dos entes participantes da rede, maximizando a eficácia no cumprimento da missão”, comentou o Coordenador Operacional dos Ensaios e Piloto do IPEV, Major Aviador Vinícius Marcel Holdorf.
A visão de longo prazo da FAB, em parceria com a AEL Sistemas, mira a autonomia na guerra centrada em redes (NCW), destacando o Brasil no cenário internacional como um dos poucos países capazes de desenvolver e operar tecnologias de enlace de dados táticos de alta segurança. O Link-BR2 demonstra capacidade de transformação operacional, permitindo que a FAB obtenha superioridade informacional e tática em operações, destacando-se pela capacidade de redução do ciclo de tomada de decisão durante o combate.
Com a Operação IRIS 2024, a FAB reforça seu compromisso com a modernização e aprimoramento de suas capacidades operacionais, garantindo a segurança e eficácia de suas missões futuras.
Fonte: IPEV, por Cap Av Guilherme Rocha
Foto: IPEV, por Cap Av Guilherme Rocha