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Página inicial > Notícias > Música: a transformação de vidas na Força Aérea Brasileira
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A música tem o poder de transformar vidas e mudar destinos, e a história da Sargento Jeanne Américo Costa de Sá, integrante do Grupamento de Apoio de São José dos Campos (GAP-SJ) da Força Aérea Brasileira (FAB), é um exemplo claro disso. Originária da periferia do Rio de Janeiro, Sargento Jeanne destaca como a música foi fundamental na mudança de sua trajetória de vida. Desde os cinco anos, quando iniciou os estudos de piano sob a orientação de sua mãe, até os 12 anos, quando começou a dar aulas para outras crianças para custear seu curso preparatório para ingressar na FAB, ela reflete sobre o impacto que a música teve não apenas em sua vida, mas também na vida de seus antigos alunos.

“A música foi um instrumento de mudança em minha vida. De origem muito humilde, moradora da Zona Norte do Rio de Janeiro, no Bairro da Pavuna, próximo ao complexo do Chapadão, iniciei os estudos de piano aos cinco anos, em casa, com aulas de minha mãe, que tinha formação básica e o pouco que sabia foi me passado. Com posterior auxílio de professores da Escola de Música Villa Lobos, cresci musicalmente e desde cedo tocava piano por partituras na igreja. Aos 12 anos, comecei a dar aulas em casa para crianças, mesmo com pouco conhecimento musical, para poder custear pequenos 'mimos', como brinquedos para minhas irmãs mais novas. Com o passar do tempo, essas mesmas aulas custearam meu curso preparatório para ingresso na FAB. À época, não havia concurso para pianista ou tecladista na FAB. Graças a Deus que me deu o dom da música, hoje sou 1º Sargento SAD”, contou a Sargento Jeanne.

Durante a apresentação musical da Orquestra Sinfônica da FAB (OSFAB), na Igreja da Cidade em São José dos Campos, a Sargento teve a honra de acompanhar a apresentação de uma de suas alunas, que hoje compartilham a mesma farda. “É gratificante poder me encontrar com a Sargento SMU 71 (Lira/Teclado), Julia Gonçalves Pereira de Mendonça, e relembrar nossa trajetória. Fico emocionada e muito orgulhosa em ver como essa musicista cresceu musicalmente e superou brilhantemente a sua 1ª professora de piano”, compartilhou a Sargento Jeanne. A Sargento Júlia conta que a música abriu portas e que nunca imaginou fazer parte de uma grande orquestra como a OSFAB. Sua relação com a música teve início aos seis anos, quando começou a estudar piano com a Sargento Jeanne. Aos 20 anos, passou no concurso da FAB para a vaga de SMU 71 (Lira/Teclado), na turma EAGS 2/2010, a terceira turma do Brasil com essa subespecialidade.

“Lembro-me que, na época de desemprego dos meus pais, eles chegaram a fazer serviços sociais na escola de música onde eu estudava para custear meus estudos e eu não precisar parar. Dedico primeiramente a Deus pelo dom da vida e da música e aos meus pais tudo o que conquistei até hoje na música, pois foi graças a eles e ao apoio de toda a minha família, que, apesar de escassas condições financeiras, nunca me permitiram parar de estudar”, agradeceu a Sargento Júlia.

Em 2010, a Sargento musicista ingressou na FAB: “Minha rápida história para estar hoje na OSFAB começou em 2012, onde um antigo chefe que tive na época em que servi no Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR), o Capitão Músico Haroldo, resolveu me presentear com um xilofone. Eu nunca havia tocado um na minha vida, e ele me impulsionou a aprender para que a orquestra ficasse mais completa para os repertórios eruditos. Com o tempo, e com a ajuda de Deus, ganhei as habilidades necessárias nos mallets, para que meu atual chefe, o Tenente Músico Paulo Rezende, em 2020, me fizesse o convite para compor a cadeira de musicista na OSFAB, não somente para o piano, mas principalmente para os mallets”.

 

A história das Sargentos Jeanne e Júlia é um poderoso lembrete do impacto transformador da música, não apenas em suas vidas, mas também na vida de outros que elas inspiram. Em um ambiente como a Força Aérea Brasileira, onde a disciplina e o talento se encontram, a música continua a ser um veículo de mudança, criando laços e oportunidades que superam as adversidades.

Fonte: DCTA, por Ten Alessandra Borges e GAP-SJ, por SC Valéria
Foto: PASJ, por Ten Daniela Camargos

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