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Saiba mais sobre a Operação Astrolábio e o foguete a ser lançado de Alcântara

Prestes a ser lançado do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, o foguete sul-coreano HANBIT-TLV, que transportará carga útil 100% brasileira, é resultado de uma parceria entre o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), unidade da Força Aérea Brasileira (FAB), e a empresa sul-coreana INNOSPACE. Pela primeira vez no Brasil, será realizado um lançamento experimental em conjunto com uma empresa privada de outra nação e a Operação, intitulada Astrolábio, é repleta de curiosidades. Confira:

1. Origem do nome “Astrolábio” - Desenvolvido pelo matemático grego Hiparco na Grécia Antiga, o astrolábio era um instrumento usado para calcular a posição dos astros a partir de princípios geométricos. Também era utilizado para calcular a altitude de objetos, a profundidade de poços e para precisar as horas e localizações geográficas. A partir do século XV, o astrolábio tornou-se um importante instrumento de navegação. Com ele, era possível determinar a latitude das embarcações e as direções em que deveriam navegar. A palavra astrolábio deriva das palavras gregas “astron”, que significa estrela e “lambanein”, pegar/seguir, ou seja, “Astrolábio” quer dizer “seguir as estrelas”.

Além disso, o instrumento sempre era operado por duas pessoas em parceria, o que também explica a escolha do nome, pois a Operação baseia-se em um esforço conjunto do DCTA e da empresa INNOSPACE, trabalhando em consonância para o sucesso da missão.

2. Números - O foguete mede 16,5 m de comprimento e possui massa na ordem de 8,4 toneladas. A velocidade máxima que pode atingir é cerca de 4.600 km/h. O apogeu – que corresponde à altitude máxima que um foguete atinge – é estimada entre 80 e 100 km para o HANBIT-TLV.

3. Meio Ambiente Não existe impacto ambiental gerado pelo lançamento. Os gases emitidos se dissipam rapidamente na atmosfera ao longo do voo. Também não há impacto ao meio marítimo.

4. Utilização - O veículo, da maneira como está configurado, somente pode ser utilizado para experimentos tecnológicos e científicos. O foguete não pode ser usado para fins militares.

5. Tecnologia - O HANBIT-TLV utiliza um sistema patenteado de alimentação por bomba elétrica, além de tecnologia híbrida, ou seja, com propulsores à base de oxigênio líquido e uma mistura de parafinas, o que proporciona composição química estável, fabricação mais rápida e de menor custo.

6. Carga Útil - O veículo é equipado com a carga útil denominada Sistema de Navegação Inercial (SISNAV), desenvolvida pelos militares e profissionais civis do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), unidade que faz parte do DCTA.

7. Salvaguarda - O conhecimento sobre a tecnologia do SISNAV não é acessível aos sul-coreanos. Todas as informações obtidas por telemedidas estarão encriptadas e só serão decodificadas pelo pessoal técnico do IAE. A mesma proteção sobre a tecnologia do foguete sul-coreano é aplicada neste caso.

8. Investimento - Todos os custos com o foguete e sistema de lançamento, bem como a logística envolvida, foram custeados pela INNOSPACE.

É muito complexo mensurar o valor investido especificamente no SISNAV, uma vez que se confunde com o próprio desenvolvimento de parte importante do Programa Espacial Brasileiro. Investimentos foram realizados, por exemplo, desde sua concepção ainda no Instituto de Estudos Avançados (IEAv), que concebeu os primeiros girômetros a fibra óptica nacionais. O desenvolvimento incluiu a construção de laboratórios de aferição e testes dos sensores, além de demonstradores de conceito tecnológico com várias formas de processamento de sinal e diferentes arquiteturas de trabalho, além de ensaios em voo e em lançamentos suborbitais.

9. Diferencial - O principal diferencial do HANBIT é o emprego inédito da tecnologia de propulsão híbrida como combustível de foguetes nesta categoria, altamente visada dentro do emergente mercado denominado New Space, pois trata-se de uma tecnologia mais acessível em termos de custo e tempo de produção.

10. Segurança - O lançamento de um foguete em um centro espacial requer vasta gama de procedimentos de segurança que englobam desde o transporte de equipamentos, treinamento de equipes, aferição de equipamentos de precisão, certificação internacional, protocolos de segurança para a população local e instituições que não estão ligadas ao CLA até o envolvimento de todas as equipes técnicas do centro a fim de garantir a segurança.

Fonte: DCTA, por Tenente Carolina Redlich

Revisão: CECOMSAER, por Cap Emília

Fotos: DCTA, por Sargento Petherson

Donativos foram arrecadados durante o Concerto Sinfônico da Banda de Música do DCTA, em São José dos Campos

No dia 10 de dezembro de 2022, a Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) e de empresas parceiras, como a INNOSPACE, realizou a entrega de mais de 1 tonelada de alimentos para moradores das agrovilas de Alcântara, no Maranhão.

Os donativos foram arrecadados durante o Concerto Sinfônico da Banda de Música do DCTA, que aconteceu no mês de novembro, em São José dos Campos, reunindo mais de 1700 pessoas.

“As famílias que vivem ao entorno do CLA são de suma importância para a FAB, portanto prezamos para que a nossa relação com as comunidades seja baseada no respeito à cultura local e cooperação mútua, sempre pautada em valores inegociáveis para nós, como segurança, diálogo e transparência”, comentou o Coronel Engenheiro, Fernando Benitez Leal, Diretor do CLA. 

Parte das doações também foi entregue para o Grupo de Apoio a Pessoas com Câncer (GAPC) e Grupo de Assistência à Criança com Câncer (GACC), em São José dos Campos.

Segundo o Coordenador Geral da Operação, Coronel Aviador Rodrigo José Fontes de Almeida, a FAB vem promovendo, desde a década de 1980, ações de responsabilidade social destinadas à população que vive ao entorno do CLA, como, por exemplo, a criação das agrovilas que movimentaram famílias da área de risco e foram concentradas nas regiões próximas ao CLA.

“Além disso, toda a infraestrutura do Centro, construída pelo CLA, trouxe benefícios para o entorno da cidade, como o aumento da capacidade elétrica para dar suporte ao local e a construção do primeiro poço artesiano da região, evitando que a população ficasse exposta a água salobra. Ainda no campo social, o CLA construiu e administra, há mais de 35 anos, a escola Caminho das Estrelas, alfabetizando crianças e proporcionando a possibilidade de ascensão social. Considerando todo o quadro de alunos, apenas 20% corresponde à dependentes de militares. Os outros 80% são alunos das próprias comunidades locais”, finalizou.

Clique AQUI e assista ao vídeo dessa ação social

Fonte: DCTA, por Tenente Carolina Redlich

Fotos: DCTA, por Sargento Petherson

Vídeo: DCTA, por Suboficial Linares

 

 

 

 

 

Na manhã do dia 12 de dezembro de 2022, o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) realizou a Formatura do Dia da Infantaria da Aeronáutica. O evento foi presidido pelo Diretor-Geral do DCTA, Tenente-Brigadeiro do Ar Maurício Augusto Silveira de Medeiros.

Também participaram da cerimônia o Vice-Diretor, Major-Brigadeiro do Ar Mauro Bellintani, o Chefe do Subdepartamento de Administração (SDA) do DCTA, Brigadeiro Engenheiro Eliezer de Freitas Cabral e demais autoridades da Guarnição de Aeronáutica de São José dos Campos (GUARNAE-SJ).

Na Ordem do Dia em comemoração a data, o Comandante do Comando de Preparo (COMPREP), Tenente-Brigadeiro do Ar Sérgio Roberto de Almeida iniciou as suas palavras mencionando os 81 anos de existência da Infantaria da Aeronáutica que sempre se fez presente no cumprimento da missão síntese da Força Aérea Brasileira: “manter a soberania do espaço aéreo e integrar o território nacional, com vistas à defesa da Pátria”.
“Gostaria de parabenizá-los pelos 81 anos celebrados neste 11 de dezembro, ressaltando toda a dedicação e coragem nas operações terrestres de nossa Força. O trabalho de vocês é fundamental para que possamos cumprir nossa missão de manter a soberania do espaço aéreo e integrar o Território Nacional”, finaliza o Tenente-Brigadeiro.

Fonte: DCTA, por Ten Priscila Scarparo

Fotos: DCTA, por Cabo J. Alves

O Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) participou, no período de 6 a 8 de dezembro, da 7ª Mostra da Base Industrial de Defesa (BID) Brasil, que aconteceu no Centro de Convenções Ulisses Guimarães, em Brasília-DF. Na ocasião os projetos foram apresentados ao Ministro de Estado da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira e o Comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Júnior, entre outras autoridades.

A Mostra BID Brasil é um dos eventos mais importantes do segmento de defesa e segurança do país realizada pela Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE), com o apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), reunindo os maiores players do mercado e promovendo uma agenda de negócios e networking.

Nesta oportunidade foram apresentados inúmeros projetos desenvolvidos pelas Instituições Científico-Tecnológicas e de Inovação (ICT) do DCTA, como maquetes dos foguetes de sondagem da família Sonda, do foguete de sondagem VS30 e do VSB30, que é o mais utilizado pelos países da Europa para ensaios em ambiente de microgravidade. 

Além disso, estão expostas maquetes dos nanossatélites SPORT, recentemente colocado em órbita por um foguete SpaceX, e o nanossatélite ITASAT2, em desenvolvimento pelo Centro Espacial do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), e o  Turborreator de 5000 Newton – TR5000 (turbina para aplicação aeronáutica de pequeno porte), desenvolvido pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), em parceria com a indústria nacional e a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) para aplicação em pequenas aeronaves ou veículos aéreos não tripulados, os famosos VANT.

Para o Coronel La Sagra, Secretário-Executivo do Escritório Corporativo de Gerenciamento de Projetos do DCTA, “a participação no evento é fundamental para que se tenha a oportunidade de conhecer as diversas tecnologias, as competências e as capacidades da indústria nacional de defesa, permitindo a identificação de potenciais parceiros industriais para nossos projetos e assim o envolvimento direto da BID nas atividades do DCTA, no desenvolvimento de soluções científico-tecnológicas para a expansão das capacidades operacionais da nossa FAB”, finaliza.

Fonte: DCTA, por Ten Priscila Scarparo

Informações e Imagens: DCTA, por Cel La Sagra



O Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) realizou, no dia 12 de novembro, a Cerimônia Militar Alusiva à Passagem de Direção do Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo (IPEV), do Coronel Aviador José Ricardo Silva Scarpari ao Coronel Aviador Marcelo Bittencourt Vautier. A solenidade militar foi presidida pelo Diretor-Geral do DCTA, Tenente-Brigadeiro do Ar Maurício Augusto Silveira de Medeiros.

Na ocasião, estiveram presentes o Vice-Diretor, Major-Brigadeiro do Ar Mauro Bellintani, o Major-Brigadeiro do Ar Wander Almodovar Golfetto, o Reitor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Professor Doutor Anderson Ribeiro Correia e demais autoridades.

Durante seu discurso de despedida, o Coronel Scarpari agradeceu o bom serviço prestado pelo efetivo do IPEV e ao DCTA pela confiança em tê-lo no cargo. “Tive o privilégio de participar de uma geração que selecionou, avaliou, testou, certificou, voou e recebeu uma série de projetos que traziam a letra X nos seus nomes. Projetos que hoje perderam essa letra e que já estão adequadamente batizados. Conheci o nascimento dos Caracais, dos Gripens, dos Milenniuns e dos Sabres. Vivi o auge da nossa indústria de defesa, com o desenvolvimento de armamentos inteligentes e toda uma gama de sistemas, equipamentos e artefatos aéreos. Por fim, desejo ao Coronel Vautier muita sorte neste novo desafio, que suas competências, habilidades e liderança contribuam para o cumprimento da missão institucional do IPEV, do DCTA e da nossa Força Aérea”, finalizou.

O Diretor-Geral do DCTA, afirmou “que um dos motivos pelo quais a Força Aérea Brasileira tem alcançado os excelentes resultados que vemos em nossos dias é contar, em sua estrutura, com a atuação de organizações altamente especializadas, dentre as quais destaco o IPEV, que opera unindo a pesquisa à prática, no campo aeronáutico e de defesa. A partir dos hangares deste Instituto, o DCTA orgulhosamente abriga uma das oito escolas de formação de pilotos e engenheiros de ensaio no mundo, reconhecida internacionalmente pela Society of Experimental Test Pilot (SETP)”, destacou o Tenente-Brigadeiro Medeiros.

Fonte: DCTA, por Tenente Priscila Scarparo

Fotos: DCTA, por S2 Vitor Costa

Em pouso inédito em São Luís do Maranhão, Boeing 747 chega ao Brasil trazendo foguete sul-coreano para ser lançado de Alcântara

A chegada do foguete marca o início oficial da Operação Astrolábio, momento que entrará para a história do Programa Espacial Brasileiro

Entre os dias 03 e 04 de dezembro de 2022, o grandioso Boeing 747 pousou no aeroporto internacional de São Luís do Maranhão trazendo o foguete sul-coreano HANBIT-TLV, desenvolvido pela empresa INNOSPACE, que será lançado a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA).

O veículo foi trazido, da Coréia do Sul até São Luís do Maranhão, a bordo de um Boeing 747 e sua chegada mobilizou equipes da Força Aérea Brasileira (FAB), da INNOSPACE, do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo (DTCEA) e do Grupo CCR, concessionária que administra o aeroporto de São Luís.

O pouso chamou a atenção de várias pessoas que passavam pelo local para verem uma aeronave tão imponente em solo maranhense. “É a primeira vez que um Boeing 747 pousa nesse aeroporto. Estamos diante de uma Operação importantíssima e que tem tudo para fazer história”, comentou o Controlador de Tráfego Aéreo, Sargento Ferreira Brito.

Após serem descarregadas da aeronave, as partes do foguete, que somam mais de 8 toneladas, foram colocadas em 3 carretas para dar continuidade ao transporte, via ferry boat, até a cidade de Alcântara.

Depois de mais de 12 horas de trâmites operacionais e logísticos, o HANBIT-TLV finalmente chegou ao CLA, no Prédio de Preparação de Propulsores (PPP), local onde será integrado à carga útil Sistema de Navegação Inercial (SISNAV), desenvolvida pelos militares e profissionais civis do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE).

“A cadeia logística montada para atender a essa Operação é algo gigantesco e extremamente complexo, afinal estamos trabalhando em um lançamento inédito. Esse ineditismo está na tecnologia propulsora do foguete, que é totalmente nova, e na sinergia entre uma empresa privada estrangeira e a Força Aérea Brasileira, principalmente por utilizarmos o veículo de outra nação para testar e qualificar um experimento nacional. Dentro desse processo, surgem muitos desafios, que já estão sendo superados, mostrando a viabilidade de uma Operação, espacial e comercial, a partir do CLA”, explicou o Diretor de Negócios da INNOSPACE do Brasil, Élcio Jeronimo de Oliveira.

 Fonte: DCTA, por Ten Carolina Redlich

Vídeo: CLA, por S1 Bahury e S2 Da Conceição / DCTA, por SO Linares

 

Clique AQUI e assista aos bastidores da chegada do HANBIT-TLV ao Brasil

Para saber mais sobre a Operação Astrolábio, acompanhe as demais matérias do Especial “Operação Astrolábio”: seguindo as estrelas para conquistar o espaço

 

 

Foguete sul-coreano será lançado do Brasil com carga útil 100% nacional

O lançamento é resultado de um acordo de parceria entre o DCTA e a empresa sul-coreana INNOSPACE

O Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e a empresa sul-coreana INNOSPACE assinaram, no início de 2022, um acordo de parceria com o objetivo de realizar o lançamento do foguete HANBIT-TLV e o ensaio em voo da carga útil SISNAV, operação que demonstra a capacidade nacional em desenvolver tecnologias espaciais e lançar foguetes, endossando o compromisso do Brasil com a manutenção da soberania do espaço aéreo.

A campanha de lançamento, nomeada Operação Astrolábio, ocorrerá a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), unidade subordinada à Força Aérea Brasileira (FAB).

O HANBIT-TLV é um lançador de satélites que mede 16,5 metros e pesa 8,4 toneladas. O foguete, desenvolvido pela empresa INNOSPACE, utiliza um sistema patenteado de alimentação por bomba elétrica, além de tecnologia híbrida, ou seja, com propulsores à base de oxigênio líquido e uma mistura de parafinas, o que proporciona composição química estável, fabricação mais rápida e de menor custo.

“A INNOSPACE está muito orgulhosa de todo o trabalho realizado até aqui, pois foram muitos meses de estudo, planejamento e preparo das equipes. Essa Operação será marcada pela sinergia, esforço e pioneirismo. Entraremos para a história do Programa Espacial”, comentou o Diretor de Negócios da INNOSPACE do Brasil, Élcio Jeronimo de Oliveira.

O veículo é equipado com a carga útil denominada Sistema de Navegação Inercial (SISNAV), desenvolvida pelos militares e profissionais civis do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), o qual faz parte do DCTA.

O SISNAV é um experimento tecnológico brasileiro essencial para a navegação autônoma de foguetes, que permitirá ao Brasil um grande passo em direção à independência no desenvolvimento de veículos para lançamentos de satélites de todos os tipos. O Projeto SISNAV está inserido dentro do Sistema de Navegação e Controle (SISNAC), previsto para o Veículo Lançador de Microssatélites (VLM) da FAB, focado em órbitas baixas no chamado New Space.

Antigamente, os satélites eram maiores e, ao serem lançados, ficavam em órbitas altas durante longos períodos. A chegada do “New Space” revolucionou o mercado espacial. Trata-se de um conceito que prioriza o lançamento de satélites menores e mais leves, planejados para orbitarem por períodos mais curtos em órbitas mais baixas, o que diminui a necessidade de grandes áreas e ainda permite o uso de foguetes menores para realizar a operação. Neste sentido, o CLA emerge com um grande potencial, tendo sua agenda à disposição das empresas do mundo todo.  

Outra vantagem do New Space é a participação de pequenas empresas de inovação, sendo muitas startups, potencializando o desenvolvimento de pesquisas espaciais devido à constante atualização das tecnologias envolvidas e o seu baixo custo.

“A Operação Astrolábio é o resultado de uma integração inédita extremamente relevante para o nosso país e para o mundo. Por meio dessa parceria, fortaleceremos e capacitaremos a indústria nacional em tecnologias aeroespaciais e de defesa com valor agregado e de alto nível”, explicou o Diretor do DCTA, Tenente-Brigadeiro do Ar, Maurício Augusto Silveira de Medeiros.

No que se refere à segurança da Operação, o Diretor do CLA, Coronel Engenheiro Fernando Benitez Leal, reforça que a trajetória do veículo não passará por áreas habitadas e os pontos de impacto do propulsor e da carga útil, que caem no Oceano Atlântico, ocorrerão a mais de 50 km da costa, não oferecendo perigo à população ou prejuízos ambientais. 

“A área de impacto é interditada para navegação por meio de aviso aos navegantes e notificações para as aeronaves, evitando assim o sobrevoo. Além disso, a FAB também presta suporte com aeronaves de patrulha, desenvolvendo um trabalho de esclarecimento da área de impacto para certificar que não exista nenhuma embarcação em risco. A Marinha do Brasil e a Força Aérea Brasileira, por meio do CLA, também orientam os pescadores das vilas próximas, bem como os navios que transitam no porto, sobre a existência da operação. Toda e qualquer atividade relacionada ao lançamento (manuseio do lançador, preparação, montagem e testes do veículo, bem como seu lançamento) é executada de acordo com normas internacionais de segurança, como descrito no Manual de Segurança Operacional do Centro e com planos de emergência associados”, pontuou o Diretor do CLA.

Além do IAE, outros institutos do DCTA também foram envolvidos na missão, como o Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI), responsável pela análise da conformidade do veículo às regras de operação definidas pelo Regulamento Espacial Brasileiro, além da conferência de todos os elementos críticos do projeto, de modo a garantir a segurança operacional em solo e segurança de voo (trajetória e dispersão do ponto de impacto) sem a ocorrência de danos.

“Estamos diante de uma oportunidade ímpar, pois essa missão promove o desenvolvimento técnico e operacional das equipes envolvidas no que tange à tecnologia de propulsão híbrida, avaliação do desempenho em voo do SISNAV e sistemas de rastreio, transmissão e recebimento de dados. Dessa forma, fortalecemos o Programa Espacial Brasileiro, mostrando ao mundo a capacidade do Brasil de desenvolver tecnologias aeroespaciais, valorizando a indústria nacional”, concluiu o Coordenador Geral da Operação, Coronel Aviador Rodrigo José Fontes de Almeida.

 Para saber mais sobre a Operação Astrolábio, acompanhe as demais matérias do Especial “Operação Astrolábio”: seguindo as estrelas para conquistar o espaço

 Fonte: DCTA, por Ten Carolina Redlich

Imagens: DCTA e CLA

 

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