O Centro de Preparação de Oficiais da Reserva da Aeronáutica de São José dos Campos (CPORAER-SJ), unidade subordinada ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), realizou, na última sexta-feira (9), o ato de declaração de Aspirantes da Reserva da Sexagésima Oitava turma do Curso de Preparação de Oficiais da Reserva, a turma Pegasus.
Prestigiaram a solenidade o Brigadeiro Engenheiro Cesar Demétrio Santos, Diretor do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), que presidiu a cerimônia, o Vice-reitor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Professor Doutor Jesuino Takachi Tomita, Oficiais Generais do Campus do DCTA, Comandantes, Chefes e Diretores da GUARNAE-SJ, além de outras autoridades militares e civis.
O grupamento de 93 formandos foi comandado pelo Capitão de Infantaria Thiago de Souza e prestaram o Compromisso de Aspirante a Oficial da Reserva. Durante o Ato, foi agraciado com o “Prêmio CPOR” o Aspirante Rômulo Magno Rodrigues Bório, que se destacou nos quesitos comportamento militar e aproveitamento escolar (escolhido entre seus pares e instrutores) e com o “Prêmio Primeiro Colocado” o Aspirante João Aguiar Moreira Gomes, conferido ao aluno que obteve a primeira colocação do curso.
Em suas palavras, o Comandante do CPORAER-SJ, Tenente Coronel de Infantaria Antonio Fernandes Filho, ressaltou as dificuldades encontradas este ano devido a pandemia. “Foram muitos os desafios impostos pelas restrições da COVID-19, que obrigaram o CPORAER-SJ e o ITA a readequarem o conteúdo curricular, visando a continuidade do ensino de excelência sem perder de vista a saúde de alunos, instrutores e professores”.
No encerramento, foi comandado o fora de forma e entoado, pela última vez, o Grito de Guerra da Turma Pegasus. Os formandos da turma prosseguem no curso de graduação do ITA, agora na condição de civis.
Fonte: CPORAER-SJ, por Tenente Vieira
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O Instituto de Aplicações Operacionais (IAOp), localizado no campus do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos (SP), realizou, no período de 14 de setembro a 2 de outubro de 2020, a Avaliação Operacional (AVAOP) do envelope infravermelho da aeronave A-29 Super Tucano. Esta é a segunda AVAOP conduzida pelo Instituto este ano.
O objetivo desta Avaliação Operacional, processo pelo qual se avalia a Eficiência e a Adequabilidade Operacional de um sistema, foi mensurar as emissões de calor em todos os ângulos da aeronave A-29, a fim de determinar o seu respectivo Envelope Infravermelho.
Com os dados coletados, será possível desenvolver táticas de navegação que aumentem a probabilidade de sobrevivência das equipagens em cenários em que haja a presença de armamentos guiados por radiação infravermelha. Este cálculo é realizado pelo MAISA (Módulo de Ameaça Infravermelha Superfície-Ar), algoritmo desenvolvido pelo Instituto em maio deste ano.
A medição das emissões de calor da aeronave A-29 foi realizada por meio de uma câmera termal FLIR (Forward Looking Infra-Red), durante voos diurnos e noturnos, realizados em diversos tipos de perfis sobre o aeródromo militar de São José dos Campos (SBSJ).
A AVAOP contou com a participação de militares do Terceiro Esquadrão do Terceiro Grupo de Aviação (3°/3° GAV) – Esquadrão Flecha, e com o apoio do Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo (IPEV), do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) e do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de São José dos Campos (DTCEA-SJ), sob supervisão do Comando de Preparo (COMPREP) e da ALA 5.
O A-29 Super Tucano é a quarta aeronave a ter seu Envelope Infravermelho mensurado pela FAB. As aeronaves H-36 Caracal e AH-2 Sabre foram analisadas pelo IAOp durante AVAOP realizadas em 2017 e 2018, respectivamente. Já a medição da emissão infravermelho da aeronave H-60 Black Hawk foi realizada em 2019, como parte de um Trabalho de Conclusão do Curso de Especialização em Análise do Ambiente Eletromagnético (CEAAE), sob coordenação do IAOp.
O Diretor do Instituto de Aplicações Operacionais, Coronel Aviador Alessandro Sorgini D’Amato, ressaltou que os dados coletados durante esta AVAOP alimentarão o algoritmo MAISA, de forma a contribuir para os planejamentos de missões em ambiente hostil. “O MAISA é um algoritmo desenvolvido pelo IAOp, o qual permite aperfeiçoamentos à medida em que novas informações forem sendo coletadas, a exemplo do que acontecerá após a análise dos dados resultantes desta AVAOP. Em seguida, espera-se que tal solução possa ser implementada por meio da ferramenta PMA II, software de planejamento de missões aéreas, de forma a potencializar seus benefícios aos operadores, em prol do preparo e emprego da FAB”, explicou.
A próxima AVAOP a ser conduzida pelo Instituto tem previsão de iniciar-se na segunda quinzena de novembro deste ano. O objetivo será avaliar a capacidade do IGLA-S, sistema portátil de lançamento de mísseis terra-ar guiados por infravermelho, de detectar e engajar alvos aéreos, bem como identificar seu comportamento diante de flares, dispositivos pirotécnicos ejetados de uma aeronave para confundir o sensor de guiamento do míssil. Os testes serão realizados no Centro de Lançamento da Barreira do Inferno – CLBI, em Parnamirim (RN).
Fonte: IAOp, por Sgt Renata
Fotos: Major Melo/IAOp
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Terça-feira (29), teve início, em São José dos Campos, no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) organização subordinada ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), a 22ª edição do Simpósio de Aplicações Operacionais em Áreas de Defesa (SIGE).
Inserido na Pós-graduação do ITA, o SIGE é organizado pela Comissão de Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Aplicações Operacionais (PPGAO), e conta com a participação voluntária dos seus alunos de mestrado e doutorado. O Simpósio propõe temas ligados ao ensino, pesquisa e desenvolvimento na área de Defesa, em sintonia com as orientações estratégicas do Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER), e busca proporcionar oportunidades de interação entre os setores operacionais das Forças Armadas, acadêmicos e industriais.
Como forma de adaptação às novas demandas decorrentes das medidas de prevenção à pandemia da COVID-19, o SIGE foi organizado num formato de participação inovador. Realizado nos dias 29 e 30 de setembro, o simpósio teve participação presencial de um público reduzido no primeiro dia e participação à distância nos dois dias, franqueada a cerca de 500 inscritos, compostos por representantes dos Comandos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, e de organizações da sociedade civil, tais como, universidades, órgãos de fomento e indústria de defesa.
Neste ano, 120 revisores independentes analisaram 90 artigos científicos submetidos, tendo sido selecionados 36 trabalhos para apresentação oral e 20 para apresentação em pôster, contemplando as áreas de guerra eletrônica e sensoriamento remoto, comando e controle e defesa cibernética, análise operacional e engenharia logística, sistemas de armas e aplicações espaciais, defesa QBRN e bioengenharia.
Segundo afirmou o Coordenador Geral do Simpósio, Coronel Especialista em Comunicações Olympio Lucchini Coutinho “este está sendo um ano atípico, que nos obrigou a oferecer o SIGE em um formato híbrido, presencial e a distância. Adotamos um rigoroso protocolo sanitário de prevenção contra a COVID-19. Optamos por esse formato para, mesmo de forma reduzida, não perder uma importante característica de um encontro desta natureza: reunir mentes brilhantes para discutir ciência e tecnologia. Talvez sejamos um dos primeiros Simpósios realizados no Brasil nesse formato, na direção de um novo normal que tanto se anseia nesses tempos difíceis. ”
Na terça-feira (29), o evento contou com palestras plenárias, transmitidas simultaneamente pela internet, de autoridades da Aeronáutica, da academia e da indústria.
A Palestra de Abertura foi realizada pelo Diretor-Geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), Tenente-Brigadeiro do Ar Heraldo Luiz Rodrigues que discorreu sobre o Departamento dando ampla visão das realizações, potencialidades e possibilidades de interações com os diversos atores nas atividades aeroespaciais.
Em seguida, foi proferida a palestra do Diretor-Presidente do Conselho Técnico Administrativo da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), Doutor Carlos Américo Pacheco, também ex-Reitor do ITA. Intitulada “Novos Desafios da Revolução Industrial: Tecnologias e Modelos de Negócios Duais”, a exposição proporcionou uma reflexão sobre os novos horizontes, tanto nas atividades de defesa como nas de fins civis, descortinados pelos avanços tecnológicos.
O período da tarde, iniciou com a apresentação da palestra proferida pelo Diretor-Geral do DCTA, Major-Brigadeiro do Ar Hudson Costa Potiguara que tratou do modelo da Tripla Hélice utilizado no DCTA com o objetivo de otimizar a capacidade de transformar o conhecimento científico em inovação tecnológica, a partir das interações entre governo, empresas e universidades.
O primeiro dia se encerrou com a participação de uma representante da indústria de defesa, a Sra. Andreia Alves, Engenheira de Aplicação da Empresa ROHDE&SCHWARZ, que apresentou a palestra “Sistema de Simulação de Sinais Complexos para Radares”. O SIGE também contou com apresentações temáticas em Defesa das empresas AVIBRAS, KEYSIGHT Technologies e AEL Sistemas, além do apoio do Comando de Preparo (COMPREP) e do Ministério de Defesa.
Na quarta-feira (30), segundo dia do evento, as apresentações foram realizadas totalmente de forma online, em sua maior parte com exposições de artigos nas sessões técnicas virtuais.
A 22ª edição do Simpósio de Aplicações Operacionais em Áreas de Defesa encerrou-se com as palavras do Reitor do ITA, Prof. Dr. Anderson Ribeiro Correia, também realizada remotamente por transmissão de vídeo, dizendo “O SIGE foi um sucesso, apesar da crise causada pela COVID-19, fizemos um belíssimo trabalho. Tivemos três palestras que abrilhantaram nosso evento com o Tenente-Brigadeiro Heraldo, Diretor-Geral do DECEA, o Major-Brigadeiro Potiguara, Diretor-Geral do DCTA e o Professor Doutor Pacheco, Diretor da FAPESP. Este simpósio é um evento que faz parte de um contexto composto pelos cursos de pós-graduação e laboratórios do ITA, assim como de todos os participantes externos ao Instituto. Os trabalhos estão disponíveis no site do SIGE disponibilizando todo o conhecimento apresentado aqui para a nossa sociedade. Parabenizo a todos os envolvidos na organização elo esforço e eficiência. ”
Fonte/Edição: ITA por Cap Fábio Cox
Revisão: ACS/DCTA
Imagens: DCTA por 3S Roberto
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Na última quarta-feira (30), o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), localizado em São José dos Campos (SP), recebeu o Ministro da Defesa (MD), General de Exército Fernando Azevedo e Silva acompanhado pelo Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Antônio Carlos Moretti Bermudez e pelo Chefe de Logística e Mobilização do Ministério da Defesa, Tenente-Brigadeiro do Ar João Tadeu Fiorentini para conhecer o Projeto Genesys, que consiste em um sistema tecnológico sustentável e inovador de tratamento tanto para água como para o esgoto através de unidades com baixo consumo energético, não necessitando de tanques, lagos, adição de produtos químicos como cloro e nem de bactérias.
Desenvolvido por um trio de cientistas liderados pelo ex-aluno do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Engenheiro Eletrônico Marcos Adriano Okamura, o projeto tem como objetivo realizar o tratamento de efluentes - água, esgoto, águas residuárias e afins – por meio das unidades móveis automatizadas que serão capazes de gerar alta taxa de recuperação de águas contaminadas, permitindo seu uso e reuso no consumo humano e industrial. Esses contêineres móveis poderão ser instalados desde uma pequena comunidade até em grandes centros urbanos, em navios, pelotões, etc.
“O DCTA é o berço da inovação da Força Aérea Brasileira. Viemos conhecer esse trabalho, que realmente revoluciona a questão do tratamento de água e esgoto e implica, seriamente, no saneamento básico. É um processo que impressiona pelo tratamento da água e pela maneira como é feita. É uma coisa inédita. O Ministério da Defesa está aqui como indutor. Agradeço à Força Aérea, e especialmente ao DCTA, por abrigar esse projeto piloto”, afirmou o Ministro da Defesa.
No caso de tratamento de água advinda de rios e lagos, diferentemente do processo convencional em que são utilizados tanques de floculação, decantação, filtragem e cuja desinfecção depende de adição de produtos químicos, fazendo com que um certo volume da água demore cerca de uma semana para ser processado na saída, no Projeto Genesys é possível tratar e obter resultado semelhante ou superior em questão de minutos.
Um exemplo desta inovação está dentro do DCTA que desde 1º de setembro deste ano está realizando testes na Estação de Tratamento de Água (ETA) dentro do Campus e já colheu resultados surpreendentes e positivos.
“O nosso projeto é simples: promove uma desesterilização de preparação muito superior, sem a utilização de todos esses insumos”, explicou o engenheiro eletrônico Marcos Okamura.
Além disso, este projeto é economicamente viável e trará melhoria na qualidade de vida das pessoas e da saúde pública, evitando a proliferação de doenças, bem como a valorização do turismo e do meio ambiente.
Na ocasião o Ministro aproveitou para conhecer os projetos expostos, no Hangar do Instituto de Aplicações Operacionais (IAOp), do VS-50 um veículo suborbital desenvolvido pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), o 14X um protótipo de veículo aéreo não tripulado desenvolvido pelo Instituto de Estudos Avançados (IEAv), a maquete do novo alojamento dos alunos do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) além dos projetos dos satélites SPORT e ITASAT.
Fonte: DCTA por Tenente Isabele e Engenheiro Marcos Okamura
Revisão: DCTA por Coronel Fontes
Imagens: IAE por Sargento Frutuoso
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No dia 23 de setembro de 2020 (quarta-feira), a convite da Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), os militares do Grupo de Segurança e Defesa de São José dos Campos (GSD-SJ), subordinado ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), 2º Sargento SGS Tiago Pereira Plentz da Silva, 3º Sargento SGS Thiago do Nascimento Dias, 3º Sargento SGS Luan Pablo Ribeiro Bassaneli e o 2º Ten QEOPM José Santos Santana, da Polícia Militar do Estado de São Paulo (PM-SP) ministraram instrução sobre Técnicas, Táticas e Procedimentos Individuais nas atividades operacionais de Polícia da Aeronáutica aos 38 militares do 14º Estágio de Polícia da Aeronáutica (EPA) da EEAR.
Os militares foram recebidos pelo Comandante da EEAR, Brigadeiro do Ar Antonio Luiz Godoy Soares Mioni Rodrigues que proferiu algumas palavras e disse “agradeço a contribuição de vocês em deslocar-se de outra unidade para ministrar a instrução para os alunos do EPA aqui da Escola e entrego este certificado em forma de agradecimento”, declarou.
A instrução ministrada pelos nossos militares além de caracterizar-se pela competência, atualidade, flexibilidade e humanitarismo visa proporcionar o deslocamento por lanços, aproveitando-se do terreno, mediante vínculo de ação de um componente de uma fração de tropa ao movimento do seu imediatamente anterior; capacitar os militares do Estágio com treinamento e equipamentos mínimos e necessários à consecução bem sucedida de uma missão a eles imposta enfrentado os diversos infortúnios causados pela natureza, tempo ou dificuldade da missão; ensinar o emprego das técnicas para capacitar o militar a atuar em terreno urbano, de alto risco, valendo-se de sua presença e dos mais variados terrenos; e inserir o conhecimento técnico para desestimular a prática delituosa, principalmente pela demonstração de preparo técnico-profissional, revelada pelo emprego de fundamentos técnicos e de táticas individuais e de equipe, capazes de multiplicar suas potencialidades isoladas.
Durante o estágio, os militares recebem instruções teóricas e práticas, abrangendo as seguintes áreas: Operações de Trânsito, Primeiros Socorros, Abordagem e Revista, Medidas de Controle no Solo, Noções sobre Crime Ambiental e Patrulhamento em Área de Mata, Intervenção Rápida e Uso de Tonfas, Ações Táticas Especiais e Operações de Controle de Distúrbios.
O EPA acontece todos os anos com o objetivo de operacionalizar e padronizar as técnicas dos militares em execução de operações e missões designadas pelo GSD-SJ.
Fonte: DCTA por Tenente Isabele/Sargento Nascimento
Imagens: GSD-SJ
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O Instituto de Estudos Avançados (IEAv), unidade pertencente ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos (SP), desenvolveu o primeiro protótipo de um sistema computacional capaz de simular diversos cenários operacionais de interesse da Força Aérea Brasileira (FAB).
O protótipo do Ambiente de Simulação Aeroespacial (ASA) foi demonstrado ao Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER) no mês de agosto. O projeto tem por objetivo criar um ambiente capaz de simular os mais diversos cenários operacionais, proporcionando informações suficientes que auxiliem na tomada de decisão. O ASA objetiva ser capaz de identificar, descrever, modelar e avaliar capacidades e missões operacionais da FAB, bem como de prever adversidades e antecipar decisões que podem afetar o cumprimento de uma missão ou até recomendar que ela ocorra ou não.Para o gerente do projeto, Major Aviador André Rossi Kuroswiski, “O ASA, muito mais do que um programa de computador, é um projeto que busca trazer uma nova visão sobre a simulação para a FAB, ampliando a compreensão sobre as potencialidades e limitações envolvidas no uso dessa ferramenta de apoio à decisão, do nível tático ao estratégico”, declara.
Além das vantagens citadas, o projeto possibilita o desenvolvimento de novas tecnologias a um custo menor quando comparado a outros sistemas comerciais semelhantes, pois o domínio da propriedade intelectual que culminou na obtenção da tecnologia traz flexibilidade para modificações no longo prazo. “A conclusão do protótipo encerrou o primeiro ciclo do projeto e agora dispomos de uma ferramenta adequada para aprofundar pesquisas e viabilizar análises, tudo em uma solução própria, que nos dá independência tecnológica para continuarmos evoluindo e nos adaptando conforme as necessidades da FAB.”, ressalta o Primeiro Tenente Engenheiro João Paulo de Andrade Dantas, um dos desenvolvedores do protótipo.O ASA nasceu do Planejador de Missões Aéreas (PMA), outro projeto do IEAv, criado para auxiliar o piloto no planejamento e debriefing de seus voos. O PMA é usado por diversas unidades aéreas e de artilharia antiaérea da FAB. Durante seu uso, os pesquisadores observaram que várias demandas apresentadas pelos usuários estavam, na verdade, ligadas à área da simulação. Frente a isso, e a identificação de outros aspectos que podiam ser melhorados no PMA, buscaram desenvolver uma solução que atendesse a todos os cenários, utilizando uma arquitetura modular na qual os componentes – ou agentes – da simulação poderiam ser utilizados como "peças" que, configuradas com diferentes parâmetros e combinadas de diferentes formas, viabilizariam a composição de diversos contextos operacionais.
Assim, o ASA realiza simulações “construtivas”, isto é, simulações que utilizam agentes computacionais capazes de tomar decisões próprias utilizando Inteligência Artificial (IA). Simulações dessa natureza, quando empregadas no processo decisório para prever possíveis resultados de combates, podem auxiliar não somente na definição estratégica dos cursos de ação, como também na reavaliação de táticas e técnicas empregadas.
O protótipo foi criado inicialmente para o combate aéreo Beyond Visual Range (além do alcance visual) entre duas duplas de aeronaves, a fim de evidenciar a interação entre agentes capazes de tomar decisões autônomas em um cenário dinâmico e de elevado nível de complexidade. Na próxima fase do projeto, está previsto o desenvolvimento de novos modelos tais como aeronaves de ataque, aeronaves de controle e alarme em voo, radares de solo e sistemas de bateria antiaérea, de modo a viabilizar a simulação de cenários mais complexos.
A ideia é que se analise a possibilidade de desenvolver diversas extensões do ASA, desde aplicações a jogos de guerra até o treinamento dos pilotos. A proposta mais promissora, segundo o que os pesquisadores têm observado como tendência em outros países, é a de aplicar a Inteligência Artificial desenvolvida no projeto ao treinamento dos pilotos de combate em um centro de simulação. "A IA, ao combater contra seres humanos reais, pode aprender como eles tomam suas decisões e aprimorar seu comportamento, por outro lado, os pilotos também podem identificar melhor as fragilidades de suas táticas, já que é possível compreender a lógica de funcionamento da IA. Este processo promove o amadurecimento da IA com o objetivo de ser embarcada em aeronaves reais no futuro e, ao mesmo tempo, uma melhoria na qualidade do treinamento dos pilotos", aponta Major Aviador Diego Geraldo, desenvolvedor do ASA.
O IEAv trabalha com diversas pesquisas avançadas que buscam ampliar o conhecimento científico e dominar tecnologias que fortaleçam o poder aeroespacial brasileiro. Para tanto, desenvolve competências em quatro grandes áreas: energia, apoio à decisão, radiação e sensores. O Instituto atua no campo das tecnologias que ainda não foram implementadas, como, por exemplo, a transição do voo subsônico e supersônico com o uso de hidrocarbonetos para o voo hipersônico com combustível limpo, conforme imagem ao lado. “Estamos sempre observando os cenários, as tendências do setor aeroespacial e os avanços tecnológicos, ou seja, estamos analisando o que a FAB pode precisar a médio e longo prazo”, ressalta o Coronel Engenheiro Fabio Andrade de Almeida, Diretor do IEAv.
Fonte: DCTA, por Tenente Larissa Santos
Fotos: IEAv, por Sargento Eduardo
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No dia 10 de setembro foi realizado com sucesso, pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), organização militar subordinada ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), a primeira operação de embarque do Motor Foguete S50 na aeronave C-130 (Hercules), seguido de um voo local de 30 minutos e desembarque do motor, a partir do aeródromo do DCTA.
Segundo informado pelo Major Engenheiro Rodrigo César Rocha Lacerda, Gerente do Projeto VLM-1 e Coordenador da Operação, a realização deste exercício de voo local, que vinha sendo planejado há muitos meses, foi de grande importância para o planejamento das futuras operações de lançamento dos veículos VS-50 e VLM-1. “A realização desta operação, com um motor S50 carregado, mas com propelente inerte, permitiu que diversos objetivos fossem cumpridos como, por exemplo, testar os meios de solo e as carretas desenvolvidas para o transporte e embarque do motor S50, definir a amarração e preparo da carga, antes e após o embarque do Motor no C-130, de forma a permitir um voo seguro da aeronave, e treinar as equipes do IAE e do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), visando às futuras operações de transporte destes motores para as campanhas de lançamento no CLA”.
Durante todo o trajeto do motor, partindo do Laboratório de Preparo e Integração (AIE-LPIN) no IAE, passando pelo embarque, voo e desembarque, o Motor Foguete S50 estava instrumentado, para que todas as vibrações mecânicas, inerentes a este tipo de atividade, às quais o motor estivesse sujeito, fossem registradas para serem analisadas, posteriormente, pelos especialistas do IAE, visando obter dados para o transporte do motor S50 com propelente ativo no futuro.
A realização desta atividade contou com intensa participação de equipes do IAE pertencentes à Divisão de Integração e Ensaios (AIE), à Divisão de Projetos (APJ), à Segurança do Trabalho (VDIR-CS) e da Gerência do Projeto VLM-1, bem como com a participação de equipes do Centro de Transporte Logístico da Aeronáutica (CTLA), do Esquadrão 1º/1º GT (Grupo de Transporte), do Centro de Lançamentos de Alcântara (CLA) e da empresa Avibras.
O Projeto do Veículo Lançador de Microsatélites (VLM-1)
O projeto VLM-1 tem como foco o desenvolvimento de um foguete destinado ao lançamento de cargas úteis especiais ou microssatélites (até 150kg) em órbitas baixas equatoriais, polares ou de reentrada, com três estágios a propelente sólido na sua configuração básica: dois estágios com o motor S50, com cerca de 10 toneladas de propelente, e um estágio orbitalizador, com o motor S44.
Fonte: IAE, por Tenente Camila
Fotos: Seção de Comunicação Social / IAE
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